domingo

Dia da Natureza e dos animais


Vivemos no último dia 4, a data simbólica dedicada à natureza e ao Dia Internacional dos Animais. Bonito no calendário, mas o que realmente o homem está fazendo pela preservação do meio-ambiente e pela defesa da sua fauna? Os noticiários nos mostram, diariamente, que mesmo sabendo que a água potável é vital para a nossa existência é finito e que, segundo estudos, começa a entrar no sistema de esgotamento, o ser humano continua poluindo rios, envenenando as espécies marinhas e, com isso, também o esgotamento do suprimento dessa cadeia alimentar. 

Se não bastasse isso, continuamos sujando a terra, desmatando florestas e mudando toda sistemática natural da atmosfera que nos envolve, pela total falta de consciência de que seremos - ou já estamos sendo - as próprias vítimas dos graves erros que cometemos, colocando em cheque o futuro de nossos filhos, netos e das gerações que se seguirão. Infelizmente, a ganância pela riqueza e poder faz com que cada vez mais governos - especialmente dos países mais desenvolvidos - esqueçam que na exploração sem planejamento de sustentabilidade das matas, da terra, dos mares e do subsolo, o planeta começa a entrar em agonia. Em nome desse crime, vale no entanto, o exercício do poder sobre os povos mais humildes, de países subdesenvolvidos que, em alguns pontos do mundo, perecem pela fome, pela desnutrição, pela sede e por moléstias que poderiam ser evitadas se houvesse conscientização da necessidade do viver realmente, numa "aldeia global", com primazia ao espírito de confraternização e, jamais, do incentivo a conflitos que se espalham pelos quatro cantos do mundo, com utilização de guerras químicas e outros artefatos, que oferecem bilhões de dólares e outras moedas a grupos industriais, construtores de material bélico, capazes de aniquilar a fertilidade do solo e decretar a morte dos mares e rios.

 O que estamos realmente fazendo em defesa dos animais, entre os quais um grande número já relacionados como em fase de extinção? O homem, como maior predador, invade florestas para buscar ninhos sobre árvores, tirando filhotes de aves para comércio criminoso; explode o solo para retirada, sem limites, de pedras preciosas; joga mercúrio sobre rios, na busca de ouro; constrói indústrias altamente poluidoras, cujos dejetos são jogados, sem maior tratamento, nos rios, tornando o líquido impróprio para o consumo; industrializam produtos tóxicos que são comercializados como apoio à agricultura, muito embora, em pouco tempo essa mesma terra chegue ao esgotamento e nada possa produzir e jogam, sem planejamento, redes ao mar para capturar matrizes e peixes juvenis que, muitas vezes, são devolvidos mortos ao mar, matando o alimento do amanhã.

 Infelizmente, tudo isso acontece diariamente, mas a insensibilidade do homem, movido pela ganância, faz com que o pensamento esqueça o futuro deste planeta chamado terra. 

Por Moacir Rodrigues

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