segunda-feira

Terceirizando o cérebro


Com a chegada dos cultivos transgênicos e outras novas tecnologias, facilitaram a vida do homem do campo. Temos a soja RR que traz facilidade ao controle de ervas daninhas, o milho Bt que dispensa a aplicação de inseticidas para várias pragas, além dessas, com certeza outras já estão prontas para serem usadas.

Porém sabemos que tudo tem um custo, pois essas novas tecnologias vem acompanhadas de outros insumos na forma de pacotes prontos, com propaganda de maior lucratividade da safra.

Sabe-se que os melhores defensivos agrícolas não fazem parte do portfólio de um mesmo fabricante, por esta razão cabe ao agricultor escolher os melhores insumos com o auxílio da assistência técnica, com isso adquirindo os melhores produtos de fornecedores diferentes. Mas isso requer trabalho e gastar fósforo do cérebro, fazendo contas sobre ganhos potenciais em produtividade que ele teria se montasse o pacote mais apropriado para as condições da sua lavoura.

A cada safra, a semente que será colocada na terra vem acrescida de outros aditivos tecnológicos, um para cada problema que possa aparecer. Se ele optar por comprar um pacote do fornecedor, ele não necessitará da assistência técnica ou da extensão rural, pois ali junto com a semente vem o inoculante, o fertilizante, o enraizador, o nematicida, o inseticida, o fingicida, o bioestimulante, o promotor ou redutor de crescimento, etc.

E vem mais, espere, e aonde vai parar o custo de produção? Será que precisa de toda essa parafernália e penduricalhos junto da semente para produzir?

Pare e pense, pois temos que economizar enquanto temos dinheiro, depois que ele acabar, não adianta chorar pelo leite derramado.



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