A ave-símbolo do
Brasil foi personagem de recente reportagem em rede de televisão na cidade de
São Paulo, protagonizando discussões devido às características de seus hábitos.
A controvérsia deu-se pelo seu estridente e belo canto, também pelo horário em
que o pássaro começa a sua melodia.
Buscamos tanto a
compreensão dessa fabulosa biodiversidade, mas quando a natureza nos oferece
algo maravilhoso, sem nada nos cobrar, tudo de graça, sempre aparece a figura
de um bicho-homem para contestar.
O estudo dos seres
vivos na superfície terrestre é fascinante, abrangendo várias ciências e nos
mostrando componentes para entendermos os padrões de distribuição, ou seja, a
área geográfica, os eventos históricos e os grupos de organismos.
A mão humana está
presente nesse episódio, pois, se esse pássaro habita uma área urbana
arborizada e adaptou-se a ela, convive num ambiente modificado pelo próprio
homem.
O sabiá faz seu
lindo assobio ao amanhecer e ao entardecer, tendo seus motivos bem definidos:
demarca o território e ensina os filhotes a cantarem longe de seus predadores,
também com seu canto atrai a fêmea quando está em processo de reprodução.
Morar em área
urbana e admirar um mato com sub-bosque e ouvir o gorjeio de um sabiá me
encanta e noto que não há reclamações de vizinhos, pois esse pássaro já em
torno das quatro horas da manhã começa a sua melodia. Quando se perde o sono, é
só esperar o amanhecer ao som daquela bela flauta, o que também me inspirou
para escrever sobre o tema.
Na rua em que
resido aqui na cidade de Santa Maria não enfrento o problema da competição na
escala de sons entre vários tipos de barulhos. Dentre todos os cantos dos
pássaros, realmente se destaca o de um sábia que numa escala sonora em decibéis
fica apenas atrás do som de uma buzina e do ruído do trânsito, isto na cidade
de São Paulo.
Como essa espécie pode viver em torno de 30 anos, fico a imaginar que teremos esse companheiro nos presenteando com o longo e flauteado gorjeio por um bom tempo.
Como essa espécie pode viver em torno de 30 anos, fico a imaginar que teremos esse companheiro nos presenteando com o longo e flauteado gorjeio por um bom tempo.
Quando criança
podia travar a língua, mas hoje posso dizer que eu sei que o sabiá sabe
assobiar e que na minha rua também tem palmeira onde canta o sabiá e que essa
ave que aqui gorjeia continue a gorjear.
Estamos na
primavera: a estação do amor, das flores e da Majestade o sabiá.
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