Com 9.300
quilômetros quadrados, recife de corais é encontrado embaixo das águas
lamacentas do rio Amazonas, em local marcado para exploração.
De forma
contrária ao que se conhece sobre recifes, este parece prosperar sob as águas
lamacentas do Amazonas.
Um enorme
sistema de recife de corais, com 9.300 quilômetros quadrados, foi
encontrado abaixo da superfície das águas lamacentas do rio Amazonas,
impressionando cientistas, governos e empresas de petróleo que já haviam
começado exploração no local.
Não havia
suspeitas da existência do recife, que varia de 30 a 120 metros de profundidade
e se estende da Guiana Francesa até o estado brasileiro do Maranhão. Muitos dos
grandes rios do mundo produzem grandes interrupções nos sistemas de recife,
onde corais não crescem.
E havia pouca evidência prévia, pois os corais
sobrevivem melhor em água clara, salgada e iluminada pelo sol, e as águas
equatoriais próximas à foz do Amazonas estão entre as mais lamacentas do mundo,
com vastas quantidades de sedimento levados por milhares de quilômetros rio
abaixo e varridas a centenas de quilômetros mar adentro.
Mas os
recifes parecem estar sobrevivendo bem embaixo do escoamento de água doce do
Amazonas. Foram encontradas mais de 60 espécies de esponjas, 73 espécies de
peixe, lagostas, estrelas do mar e outras formas de vida típica dos corais.
Mas o recife
já pode estar em perigo, pouquíssimo tempo depois de ter sido encontrado. De
acordo com o estudo, o governo brasileiro vendeu 80 blocos para a exploração de
petróleo e perfuração na foz do Amazonas e 20 destes já estão produzindo
petróleo – alguns, talvez, bem em cima do recife de corais.
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