A temperatura no ártico está esquentando
duas vezes mais rápida do que no resto do mundo. Para os cientistas, isso pode
levar a eventos naturais incomuns e inexplicáveis, como as "árvores
bêbadas", que acontece quando o solo congelado derrete formando lama e as
árvores ficam inclinadas, ou bolhas de metano, liberadas em regiões congeladas,
sendo possível acender fogo no gelo, e as crateras recém descobertas no norte
da Rússia.
Os pesquisadores, que estão estudando as
crateras russas, acham que elas foram criadas a partir do metano criado por
séculos no subsolo devido ao descongelamento de "gelo permanente".
Ainda não se sabe ao certo como as crateras se formaram, mas essa é a teoria
mais provável.
Um processo semelhante acontece em regiões
do ártico, que estão derretendo, onde há lagos que transformam restos vegetais
em metano. O metano escapa do interior dos lagos podendo acendê-lo, colocam
fogo no gelo.
Outro evento são as "árvores
bêbadas", que acontece quando o solo firme se transforma em lama, fazendo
com que as árvores se inclinem para um lado. Algumas árvores conseguem
sobreviver, e continuam a crescer, mas outras acabam caindo quando o gelo
subterrâneo derrete.
De acordo com a NASA, os solos de gelo
permanente no ártico acumulou uma grande quantidade de carbono orgânico, de
1.400 a 1.850 bilhões de tonelada. Essa quantidade é metade de todo carbono
orgânico contido em solo terrestre
"Quando o calor da superfície da Terra
penetra no gelo permanente, ele ameaça mover essa reserva carbono orgânico e
liberá-la para a atmosfera como dióxido de carbono e metano, alterando o
equilíbrio de carbono no ártico e agravando o aquecimento global", disse
Charles Miller, da NASA.
Por outro lado, um estudo da Fundação
Nacional de Ciência, dos Estados Unidos, publicou um estudo dizendo que o
número de plantas em regiões de gelo permanente rico em material orgânico vai
aumentar, levando a uma absorção muito maior de carbono.
Gustavo Paiva.
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