Diante de mudanças
climáticas galopantes e com a crise ambiental, como ficará a sustentabilidade
da vida humana? É certo que a Terra, como planeta vivo, encontrará sua maneira
de se adaptar às novas condições estabelecidas pelas mudanças climáticas.
Junto com a crise
ambiental, que coloca a vida humana em risco, está também uma crise moral que
questiona o próprio sentido da vida humana. É preciso revisar a raiz da árvore
da vida que gerou a nossa civilização. Conhecer as causas da crise de valores
que fez surgir a crise ecológica que está continuamente a pressionar e minar a
epistemologia que alicerça a concepção dos nossos modos de vida.
A crise ambiental é
também a crise ontológica que nos convida a questionar o nosso ensino-aprendizagem.
A questão não se limita a informações sobre as questões ambientais, como o
aquecimento global, a poluição, a perda da biodiversidade e outras, mas de
descobrir suas causas profundas. Diante das incógnitas que se avizinham é
necessário descontruir o pensamento culturalmente e socialmente condicionado
para que a mente possa pensar o impensado. Com os pensamentos impensados,
talvez possamos desconstruir toda a parafernália de teorias e práticas
exaustivamente repetitivas e deletérias no mundo.
Só a utopia de um
futuro sustentável não projetado por mentes cheias de entulhos de conhecimentos
que lhe foram amontoados durante séculos e séculos poderá ser o combustível
para nos levar ao verdadeiramente novo.
As Escolas e
Universidades não podem e não devem mais serem aparelhos ideológicos do estado
para reproduzirem uma realidade coisificada, devem ser os centros de produção
de sonhos utópicos,para nos auxiliar na libertação das jaulas das
racionalidades de uma ciência árida e orgulhosa de sua arrogância científica.
A escola deve ser o
lugar de produção de uma vida rica em sentidos e significados onde sempre seja
possível o sonho de novos enigmas a decifrar.
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