sexta-feira

O poder da energia da natureza

O poder da energia dos ventos (eólica) cresceu no mundo todo, devido ao marketing associado ao fato de ser uma energia limpa, que não emite gases de efeito estufa e tem impactos socioambientais reduzidos. Isso permitiu a evolução do uso das tecnologias na geração de energia eólica e na redução do investimento inicial para a construção de usinas, de modo que esta fonte passou a ser tão competitiva quanto as demais. Olhando para o futuro, vemos que para que a tecnologia das usinas eólicas se desenvolva ainda mais, é preciso que o governo incentive a nacionalização da cadeia produtiva, dando garantia de segurança aos produtores.
Para que possamos entender mais especificamente, vou enunciar a seguir algumas das principais vantagens, como também as desvantagens que a energia eólica pode nos proporcionar. Iniciamos pelas vantagens aos consumidores que alguns estudos demonstram. Ela é inesgotável, não emite gases poluentes nem gera resíduos indesejáveis, diminui a emissão de gases de efeito estufa.
Para as comunidades onde se inserem estes parques eólicos, os mesmos são compatíveis com outra utilização dos terrenos, tais como agricultura e a criação de gado, aumenta a criação de emprego, ajuda na geração de investimentos em regiões desfavorecidas, além dos benefícios financeiros aos proprietários destas áreas. Se pensarmos em Estado, reduz a dependência energética do exterior (combustíveis fósseis), reduz a dependência de direitos de aquisição do uso de CO2. É uma das fontes mais baratas de energia, podendo competir com outras, como as tradicionais atualmente usadas e caras.
Como desvantagens, podemos citar: a intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando existe a necessidade de se obter eletricidade, tornando difícil a integração de sua produção no programa de exploração, pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2), ou com a técnica da bombagem hidroelétrica; provoca um impacto visual considerável, impacto sobre as aves que vivem ou vem para o local possibilitando choque delas com as pás giradoras e ainda provocando modificações no seu modo habitual de migração, finalmente, provocando impacto sonoro, o som do vento que bate nas pás produzindo um ruído constante, devendo as habitações mais próximas estarem a uma distância de no mínimo 200 metros.

As conclusões que podemos chegar, embora ainda prematuras são: a energia é um fator fundamental a sobrevivência da humanidade no passado (lenhas e madeira) para aquecimento nos dias de inverno, (carvão) para movimentar as indústrias, (petróleo) para movimentar automóveis e eletricidade para o uso dos eletrodomésticos.
Como resultado, uso de combustíveis fósseis trouxe problemas ambientais, como da água do solo e do ar, reduzindo drasticamente a qualidade de vida. Evidente que isto tem exigido a busca de qualidades de fontes alternativas e dentre elas, a energia eólica, a solar direta, a biomassa, o hidrogênio e outras. A Eólica é limpa e de custos competitivos. É um sistema de energia dos mais seguros sem riscos de trabalho.
São modernos aerogeradores, com altura de 40m e comprimento de pás de 20m. É interessante salientarmos, que a energia gasta para a construção destes aerogeradores é produzida por eles mesmo, levando menos de meio ano para ser concluída, Isto torna a energia eólica uma das mais atrativas em termos de planejamento energético mundial. A crise de energia elétrica no Brasil vivida nos últimos anos principalmente, leva assim a uma emergencial busca de fontes alternativas.
A instalação de Parques Eólicos, espalhados pelo Brasil, tende a aumentar, pois tem sido uma preocupação preponderante do governo, como fonte alternativa geradora de energia. Por fim, devemos salientar que a geografia ocupa um papel fundamental no processo de planejamento e estudos para a implantação de qualquer Parque Eólico, pela ocupação de um espaço pré-determinado, sendo também importante, dados os seus subsídios geográficos e seu posterior monitoramento e gestão.
Comente este artigo.

terça-feira

A cobiça internacional da Amazônia e os perigos de um governo fragilizado

Lamentavelmente, dois fatores perigosos alinham-se para o Brasil: a escassez dos recursos naturais do planeta e a perda de credibilidade do governo brasileiro perante a comunidade internacional.

Os países ricos nunca esconderam sua cobiça sobre a última reserva natural do mundo: a Amazônia. Desde 1845 quando foi patenteado um processo de vulcanização da borracha de que a Amazônia era a única produtora, fato que daria origem ao ciclo da borracha, 1844 – 1912, que os EUA e nações europeias voltaram-se para a Amazônia.
Mesmo com a interrupção deste ciclo em 1912 pela concorrência da borracha plantada na Ásia com sementes contrabandeadas do nosso território em 1876 pelo inglês Wickman, as potências mundiais continuaram com sua cobiça, disfarçando este interesse com acusações de que o Brasil comete crime contra os interesses da humanidade. Acusações que perduram até o dia de hoje. Logo eles que queimaram suas florestas em suas revoluções industriais e exterminaram quase que por completo seus índios.
 Países como os EUA que tem como herói nacional Búfalo Bill que se vangloriava de ter matado milhares de índios, enquanto no Brasil, o Marechal Rondon tinha como lema em relação aos silvícolas o legado de “Morrer se preciso for, matar nunca”. Lideranças norte-americanas a partir de meados do século 19 passaram a advogar a abertura da Amazônia ao livre comércio, imigração e colonização.
 Observadores daquele governo como o tenente Mathew Maury em artigos de jornais e documentos endereçados aos seus superiores apresentava a Amazônia Brasileira como o paraíso das matérias-primas, área que aguardava raças fortes e decididas para a empresa de sua conquista científica e econômica. 
E concluía com a tese de que a Amazônia não poderia permanecer trancada à humanidade. O século 19 foi marcado por grande pressão norte-americana sobre a Amazônia, só sendo aliviada em decorrência de sua Guerra Civil. Em 1902, o próprio presidente Roosevelt participou ativamente do esforço de um consórcio internacional, o Bolivian Syndicate of New York, para apropriar-se da maior parte territorial do Acre, então objeto de litígio entre o Brasil e a Bolívia. Mais tarde, Roosevelt, fora do governo, visitou a Amazônia.
Hoje, é bem verdade que fatos estranhos acontecem, como o fechamento diário por 12 horas (das 18h às 6h) da BR-174 que que liga as capitais Manaus/AM e Boa Vista/RR, num trecho de 120 km na reserva indígena Waimiri Atroari. Entretanto, não é difícil encontrar lá, nestes horários, ou em outros locais, pessoas conduzindo veículos falando uma estranha língua que não é o português, muito menos outro qualquer idioma indígena local.
Também tem o fato de que plantas naturais da Amazônia, como o cupuaçu, a andiroba, a ayahuasca (Santo Daime) e a copaíba, foram patenteadas por empresas americanas, japonesas, francesas e inglesas. A exclusividade dos direitos de comercialização, em alguns casos, abrange o mundo todo.
Sobre o outro fator, a diminuição da diplomacia brasileira no cenário internacional é notória. Basta ver que somos a sexta economia global e não conseguimos concretizar uma aspiração de possuir um assento no Conselho de segurança da ONU. Somos conhecidos atualmente como “anões diplomáticos”. 
Até a Bolívia que no passado perdeu o Acre para o Brasil, agora nos faz de gato e sapato. Invade oficialmente propriedade brasileira legalmente adquirida em seu território e o governo brasileiro se omite. Nossa presidente abriu os trabalhos de 2014 da ONU com um discurso de diálogo com os terroristas do Estado Islâmico, os mesmos que decapitam agentes humanitários, crucificam cristãos e vendem meninas de 8, 9 anos das Vilas invadidas como escravas sexuais. 
Depois a presidente Dilma ainda reclama que o governo indonésio não atendeu seu pedido de clemência para o traficante brasileiro executado. Hoje o Brasil não é respeitado. Estamos na contramão da história e nos aliando com países como Cuba, Venezuela e Argentina, onde são crescentes os casos de violação dos princípios democráticos.
A corrupção governamental é outro fator que mina a nossa credibilidade internacional. Basta consultar os principais sites de notícias do mundo para constatar que diariamente surgem novos escândalos de corrupção no País envolvendo bilhões de dólares e membros do governo ou dos partidos políticos que o apoiam. Como acreditar que esses corruptos defenderiam os interesses do Brasil perante a cobiça internacional sobre a Amazônia? Vocês lembram-se da máfia dos sanguessugas? Esse pessoal não respeita nada, só os seus interesses pessoais.

Perante toda esta perda de confiança no mundo, como ficaria também para o Brasil o resultado de uma arbitragem internacional envolvendo algum litígio sobre a Amazônia? Essa e outras questões devem preocupar e muito a todos nós brasileiros. Nossa dimensão continental, incluída aí a Amazônia, foi fruto do sacrifício de gerações que nos antecederam e não nos é dado o direito de não preservá-la e entregá-la íntegra às nossas gerações futuras.
Quando servi na Amazônia, enquanto na ativa do Exército, tínhamos um lema que era inscrito no final de todos os documentos produzidos e exclamado patrioticamente em reuniões e formaturas e que, em minha opinião, deveria ser difundido e cultivado por toda a sociedade brasileira, pois defender e preservar a Amazônia não é privilégio dos militares, mas de todos nós que amamos a nossa pátria:

“A selva nos une, a Amazônia nos pertence”
Comente este artigo.