domingo

Pesquisadores desenvolvem planta com tolerância à seca

Um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ser a solução para os estragos causados pela estiagem nas lavouras. Pesquisadores descobriram no café o gene CAHB12, com tolerância à seca.
O gene pode ser introduzido em outras culturas que não a do grão e seu desempenho já se mostrou bem sucedido em uma planta de testes. O próximo passo será aplicá-lo à cana, ao arroz, ao trigo, à soja e ao algodão e observar o comportamento do CAHB12. Se tudo sair como esperado, a tecnologia pode estar no mercado em um período de cinco a seis anos.
O CAHB12 foi descoberto durante um projeto para traçar o genoma do café. Dentre cerca 30 mil genes foram encontrados alguns com tolerância ao estresse hídrico. Um grupo começou a estudá-los e detectou um que, quando submetido à seca, aumentava sua expressão e se adaptava.
 “Nós retiramos do café e introduzimos em outra espécie, a Arabidopsis thaliana, uma planta modelo de testes. A planta que recebeu o gene ficou muito mais resistente à seca. As que não tinham recebido após aproximadamente 15 dias sem água, morriam. As que recebiam sobreviviam até 40 dias. Além disso, suas sementes ficaram resistentes à seca até a terceira geração”, explica o pesquisador da Embrapa Eduardo Romano, doutor em biologia molecular.
Se os resultados observados na planta de testes se repetirem nas culturas comerciais como arroz, trigo e afins, ainda será necessária uma série de estudos de biossegurança ambiental e alimentar antes de disponibilizar o CAHB12 para comercialização. “Há um caminho longo pela frente, mas a perspectiva é interessante”, diz Eduardo Romano.
O pesquisador explica que o gene pode ser benéfico em muitos sentidos. Além de alternativa para combater os efeitos da seca que tendem a ser potencializados em um cenário de mudanças climáticas, a tecnologia pode contribuir para a economia de água. “Um total de 70% da água doce do mundo é utilizada na agricultura. Com o aumento da população, é preciso produzir mais alimentos usando menos água [pois não é um recurso renovável]. Gasta-se água e energia. A tecnologia pode resultar em uma redução direta do consumo de água”, disse. Romano prevê ainda alimentos mais baratos. “Em um país como o Brasil, com vários processos de perda de produtividade por causa da seca, tenderia a evitar a flutuação de preços”.
Para produtores rurais da Região Nordeste, que em 2012 e 2013 estão enfrentando níveis de chuva abaixo do normal e sofrendo perdas na safra e nas criações, uma tecnologia do tipo representaria uma margem de segurança para plantar. De acordo com Noel Loureiro, assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e membro do Comitê da Seca daquele estado, os produtores do sertão alagoano colheram menos de um décimo da safra de milho e feijão no ano passado e a perspectiva para 2013 é semelhante. O período de chuvas na área costuma ser de março a julho, mas as precipitações foram escassas em 2012 e a previsão é a mesma para este ano.
“A maioria [dos agricultores] não chegou nem a plantar. Foi o aconselhamento do Comitê da Seca. Mas, não dá para evitar o prejuízo com o gado, que tem que ser alimentado. O pessoal está usando bagaço de cana e comprando milho pela metade do preço do governo”, diz. Na avaliação dele, uma tecnologia que tornasse a lavoura mais resistente seria “muito importante”.
“Nós temos uma geografia de catástrofe. Como [o clima] é muito volátil, se tem qualquer oscilação perdemos a safra. Hoje só não se vê mais aquelas cenas de gente se retirando, com fome, porque o governo tem muitos programas sociais”, avalia. 
A descoberta dos pesquisadores da Embrapa e UFRJ já foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O próximo passo será solicitar a patente internacional, por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), gerido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), na Suíça.
Por Ag. Brasil.
 

quinta-feira

O preço da desgraça


Os ecologistas já tinham avisado: o desastre está próximo. Este foi o motivo pelo qual os tachamos de “ecochatos”, porque vivem repetindo a mesma coisa que nós, em toda a nossa “sabedoria”, tínhamos certeza de que não iria acontecer. Mas aconteceu: a utilização desordenada das encostas dos morros, das áreas de banhados e o assoreamento dos rios completaram a química necessária para que a natureza, desequilibrada, cobrasse alto pelo seu longo silêncio e fizesse muitas vítimas.

Os deslizamentos causados pela ação da chuva sobre espaços devastados resultam de ocupações desordenadas e áreas mal usadas, que o poder público deveria preservar. Por muitos motivos, especialmente econômicos e políticos, são toleradas e, depois, paga-se com a destruição do próprio e pouco patrimônio que as pessoas têm, quando não com a vida.

Aumentar o cimento e o asfalto sobre áreas urbanas retira a capacidade do solo de servir de “esponja” para as grandes precipitações de chuvas. Não podendo ser absorvidas, acabarão se transformando em pequenos rios caudalosos pelas ruas, causando destruição e todos os transtornos que vimos nas imagens da televisão.

O avanço da agricultura e da urbanização até as áreas próximas aos rios retirou as matas ciliares e a proteção das encostas. Resultado: deslizamento de terra, empurrada pelas chuvas para seus leitos, que se tornam menos profundos, conseqüentemente, alargando seu canal e ocupando áreas de produção ou de moradia, normalmente, de populações pobres.

Não é uma desgraça anunciada? Sempre julgamos que todos os benefícios poderiam ser tomados da natureza sem que esta nos causasse danos maiores. O que assistimos em todo Território Nacional, seguidamente, não é um sinal esporádico, um fenômeno localizado, pois está acontecendo em todo o Planeta.

A natureza, descontrolada por um histórico de abusos, tem mostrado a sua fragilidade e a necessidade de que se repense a relação predadora que construímos.

O uso abusivo de recursos e a poluição desenfreada, com suas conseqüências, alertam: ninguém está livre de sofrer pelas feridas que impusemos ao planeta! O preço da desgraça é a consciência que precisamos ter de que nada é eterno em recursos naturais e eles têm ciclos a serem respeitados.

Abusamos da sorte e estamos pagando. Deve haver uma forma de pedir desculpas à mãe Terra e tratá-la melhor. Só nos resta fazer isto, pois não temos alternativa.


quarta-feira

Sobre a homeopatia



A homeopatia é uma ciência que harmoniza os seres vivos, humanos, animais, plantas, águas e solos. A característica principal da homeopatia é que faz experimentos em humanos. Os produtos naturais que adoecem os seres vivos, se usados em doses diluídas, irão gerar curas desde que sejam semelhantes à pessoa doente. Todos os registros históricos da literatura mundial descritos como adoecedores e geradores de doenças e morte, foram considerados, pela homeopatia, como suporte e prova de experimentos em humanos. A experimentação se faz quando um humano, ou propositalmente ou acidentalmente, ingere um produto tóxico e há o registro realizado por um observador.
Como exemplo, cito o de Sócrates que recebeu um remédio judiciário: ensinava o povo da Grécia a pensar. Foi condenado a tomar o veneno cicuta. Ao ingeri-lo, seu amigo Platão anotou os sintomas que ele sentiu: descontração, calma, vertigens, tonteiras, convulsões, epilepsia e lucidez até os últimos momentos de vida. Quando encontramos uma pessoa com estes sintomas, é indicado cicuta em forma homeopática, diluída e sucussionada. E, ao invés dela adoecer, ficará curada. Este é o princípio básico da ciência da homeopatia.
Datura stramonium é uma planta que, se ingerida em dose natural, gerará alucinações na pessoa, sintomas considerados de loucura: acha que é o próprio demônio, enxerga vultos imaginários que o atacam, monstros. Fala línguas estrangeiras, sem nunca ter estudado. Quando encontramos uma pessoa nesta situação indicamos Datura stramonium em dose homeopática e ela recupera sua lucidez.
Arnica montana ingerida em dose natural causa hemorragias internas. Quando uma pessoa está com hemorragias, por acidente ou durante ou após uma operação, se indicado Arnica montana em dose homeopática os sangramentos irão paralisar e vencer os hematomas. Arnica também é muito importante para resolver os traumas energéticos: sustos, medos, pavor de cenas chocantes.
A lei da dose mínima no modelo homeopático, ao invés de se usar matéria, usa-se o insumo ativo diluído, através de diluições e sucussões sucessivas. Este processo, se realizado até 100 vezes seguido, não resta mais matéria, apenas a energia, a informação dos efeitos curativos. A pessoa que apresenta os sintomas do medicamento ficará normalizada se ingerir a substância descrita em dose homeopática.
Características
A principal característica da homeopatia e das terapias naturais é que elas trabalham para reequilibrar a forma natural de cura dos seres vivos. As doenças pelo método natural são expelidas pelas fezes, urina, boca, nariz, olhos, ouvidos e pela transpiração. A homeopatia apenas oferece suporte energético para que o próprio indivíduo se harmonize.
Vantagens
Com rapidez nos resultados, a pessoa se livra de internações, operações invasivas, exames complicados, medicamentos com efeitos colaterais: a própria pessoa é que descreve não o nome da sua doença, mas o que ela sente, suas sensações, seus pensamentos, suas ideias, seus medos, angústias, tristezas. O homeopata pede-lhe para detalhar os horários das dores, das sensações, dos pontos do corpo humano e, com ajuda de repertórios impressos ou computadorizados, identificará qual é a melhor homeopatia para aquela pessoa. Os repertórios de homeopatia registram muitos sintomas desconhecidos pela alopatia.
As doenças crônicas na homeopatia são consideradas predisposições hereditárias a adoecimentos. Quando a pessoa possui doenças crônicas e incuráveis e que a medicina oficial apenas ajuda na manutenção, sem curá-la, ainda neste caso a homeopatia age, porém mais lentamente. A doença regride e a pessoa, cada vez mais, recupera a sua energia vital e sua vontade de viver, com capacidade de trabalhar e de autodeterminação.